Perder a concentração ao pensarmos em nós
E o chão sob os pés nos abraços dados.
Perder a conta dos momentos de prazer,
O fôlego quando estivéssemos a sós
E a noção do tempo nos beijos trocados.
Mas como foi dito, não há por que sofrer
Pelo término do que nunca existiu.
Pela perda do que nunca foi nosso.
Eu busco o conforto do não era para ser,
Mas é mentiroso ou então infantil
E, me enganar fácil assim, eu não posso.
Você tem razão, não há tempo a perder.
Para deixar de ser, deve ser esquecido;
Se deixou de ser, já não é; é passado.
Mas fica a lição para se aprender:
A maior perda de quem está perdido
É perder as chances de ser encontrado.
Quando perder, não perca a lição...