Em frente a mim a página em branco
Representando a possibilidade
Do sonho que quer ser realidade
Da corrida para quem ainda é manco
Da moça que lê sentada no banco
Da praça esperando o amor de verdade
Do imigrante que chega à cidade
Do farol vermelho para o saltimbanco
É assim que encaro mais um novo ano
Um sonho imenso em semente pequena
Mas esse sonho precisa ser plano
Plano com roteiro, com ato e cena
Para que, assim, ao fechar do pano
A execução tenha valido a pena
v.:0.1
Que Deus abençoe seu novo ano
Que abençoe todo e qualquer plano
De paz e de bem no seu coração
Que te faça melhor e mais humano
E que te ajude na execução
Que em 2013 sejamos melhores.
Tanto quanto possamos ser. :)
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Manhã, tarde e noite
Pela manhã seu sorriso irradia
E em tudo que faz põe seu coração
Vai entardecendo com lentidão
Para a noite ser melhor que de dia
Quando vem o inverno ela não esfria
Da primavera ela é a inspiração
Sua companhia é fresca no verão
No outono não murcha sua alegria
Passam as horas, a noite e o dia
Passa a estação e ela em sintonia
E em paz com ser o que é, não se ilude
Já eu sei apenas ser esse errante
Que é incerto, confuso e inconstante
Se eu errar dessa vez, que Deus me ajude
v.: 0.1
E em tudo que faz põe seu coração
Vai entardecendo com lentidão
Para a noite ser melhor que de dia
Quando vem o inverno ela não esfria
Da primavera ela é a inspiração
Sua companhia é fresca no verão
No outono não murcha sua alegria
Passam as horas, a noite e o dia
Passa a estação e ela em sintonia
E em paz com ser o que é, não se ilude
Já eu sei apenas ser esse errante
Que é incerto, confuso e inconstante
Se eu errar dessa vez, que Deus me ajude
v.: 0.1
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
O atributo mais humano
De longe, é o atributo mais humano
Nem mesmo o remorso consome tanto
Nem a mentira, que com o seu manto
Tenta cobrir o defeito e o engano
Não é a inclinação para o profano
Ou a eterna separação do santo
E pior que o do medo, pior que o do espanto
É, desse atributo, o efeito do dano
Covardemente abusa da esperança
Sugando sua força para crescer
Mas nunca capaz de gerar seus frutos
É por isso que desde de criança
O querer do que não se pode ter
É o mais humano dos atributos
v.: 0.1
Nem mesmo o remorso consome tanto
Nem a mentira, que com o seu manto
Tenta cobrir o defeito e o engano
Não é a inclinação para o profano
Ou a eterna separação do santo
E pior que o do medo, pior que o do espanto
É, desse atributo, o efeito do dano
Covardemente abusa da esperança
Sugando sua força para crescer
Mas nunca capaz de gerar seus frutos
É por isso que desde de criança
O querer do que não se pode ter
É o mais humano dos atributos
v.: 0.1
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
O último brilho da lua
Foi anunciado o último luar
E astrônomos deram a explicação
Magnetismo, explosão solar
Algo sobre o ar e a radiação
Ninguém na Terra pode acreditar
Poetas ficaram sem consolação
Copiosamente passou a chorar
Todo aquele que sentia paixão
A noite, aconteceu algo mágico
Bilhões de olhos prestando atenção
No céu, mas não brilhou nem uma estrela
Seria poético, não fosse trágico
Todos a almejando, chamando em vão
Só porque não poderiam mais tê-la
v.: 0.2
v.: 0.1
13 Todos a almejando de coração
- Faço, mas não sou fã de pleonasmo :(
E astrônomos deram a explicação
Magnetismo, explosão solar
Algo sobre o ar e a radiação
Ninguém na Terra pode acreditar
Poetas ficaram sem consolação
Copiosamente passou a chorar
Todo aquele que sentia paixão
A noite, aconteceu algo mágico
Bilhões de olhos prestando atenção
No céu, mas não brilhou nem uma estrela
Seria poético, não fosse trágico
Todos a almejando, chamando em vão
Só porque não poderiam mais tê-la
v.: 0.2
v.: 0.1
13 Todos a almejando de coração
- Faço, mas não sou fã de pleonasmo :(
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Saudade na caixa
Ela não aceitou só a amizade
Com tanto em comum, seria perfeito
Era tanto amor, tanta afinidade
Quis conversar, convencer de algum jeito
Se encontraram na praça da cidade
Ele apoiava contra o próprio peito
Uma caixa que guardava a saudade
E que explicava qual era o defeito
Tirou de dentro da caixa um retrato
E ela emudeceu de imediato
Ao ver cartas, bilhetes e um anel
Ele, então, contou sobre o seu passado:
Esse é o defeito que eu havia falado
Meu coração foi morar lá no céu
v.: 0.1
Opened up his little heart
Unlocked the lock that kept it dark
And read a written warning
Saying "I'm still mourning
Over ghosts that broke my heart before I met you"
[Laura Marling - Ghosts]
Com tanto em comum, seria perfeito
Era tanto amor, tanta afinidade
Quis conversar, convencer de algum jeito
Se encontraram na praça da cidade
Ele apoiava contra o próprio peito
Uma caixa que guardava a saudade
E que explicava qual era o defeito
Tirou de dentro da caixa um retrato
E ela emudeceu de imediato
Ao ver cartas, bilhetes e um anel
Ele, então, contou sobre o seu passado:
Esse é o defeito que eu havia falado
Meu coração foi morar lá no céu
v.: 0.1
Opened up his little heart
Unlocked the lock that kept it dark
And read a written warning
Saying "I'm still mourning
Over ghosts that broke my heart before I met you"
[Laura Marling - Ghosts]
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Em silêncio e escondido
Te amo assim, em silêncio, escondido
Até queria ser mais barulhento
Encher o peito e declarar ao vento
Esse meu sentimento comedido
Mas o mantenho secreto e encolhido
Qualquer liberdade já é alimento
Se me descuido, se não fico atento
Ele te encontra e me deixa perdido
Mas este encontro nós já vimos antes
Dos meus olhos - vivos e apaixonados
Com os teus olhos - sempre tão distantes
Eu sei, eu não sou mais que um conhecido
E nunca seremos dois namorados
Por isso eu te amo assim, escondido
v.: 0.1
Até queria ser mais barulhento
Encher o peito e declarar ao vento
Esse meu sentimento comedido
Mas o mantenho secreto e encolhido
Qualquer liberdade já é alimento
Se me descuido, se não fico atento
Ele te encontra e me deixa perdido
Mas este encontro nós já vimos antes
Dos meus olhos - vivos e apaixonados
Com os teus olhos - sempre tão distantes
Eu sei, eu não sou mais que um conhecido
E nunca seremos dois namorados
Por isso eu te amo assim, escondido
v.: 0.1
domingo, 18 de novembro de 2012
Parado no ponto
Ele estava, como sempre, atrasado
Ia apressado em direção ao ponto
Mas por ser um tanto desajeitado
Trombou numa moça e sentiu-se um tonto
Ela riu do seu jeito atrapalhado
E assim se gostaram de bate-pronto
No ônibus, sentaram lado a lado
Tudo surpreendente, como em um conto
Mas logo chegou a sua parada
E no meio do tchau meio apressado
Nem o telefone ele anotou
Desde então acorda de madrugada
E bem cedo está no ponto, parado
Porém nunca mais ele a encontrou
v.: 0.1
Ia apressado em direção ao ponto
Mas por ser um tanto desajeitado
Trombou numa moça e sentiu-se um tonto
Ela riu do seu jeito atrapalhado
E assim se gostaram de bate-pronto
No ônibus, sentaram lado a lado
Tudo surpreendente, como em um conto
Mas logo chegou a sua parada
E no meio do tchau meio apressado
Nem o telefone ele anotou
Desde então acorda de madrugada
E bem cedo está no ponto, parado
Porém nunca mais ele a encontrou
v.: 0.1
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Pensando em você
Quando, em você, eu me pego pensando
É como abdução para o seu mundo
É como cair num poço sem fundo
Perdido no tempo, eu vou mergulhando
Vejo a inocência em seu sorriso brando
Vejo a malícia em seu olhar profundo
Desejando o beijo a cada segundo
E sem me importar onde, como ou quando
Mas uma voz chama ou o despertador
Ou o telefone passa a tocar
Muda o cenário em volta de mim
De volta ao meu mundo sem sua cor
A gravidade volta a funcionar
E mais uma vez eu caio em mim
v.: 0.1
É como abdução para o seu mundo
É como cair num poço sem fundo
Perdido no tempo, eu vou mergulhando
Vejo a inocência em seu sorriso brando
Vejo a malícia em seu olhar profundo
Desejando o beijo a cada segundo
E sem me importar onde, como ou quando
Mas uma voz chama ou o despertador
Ou o telefone passa a tocar
Muda o cenário em volta de mim
De volta ao meu mundo sem sua cor
A gravidade volta a funcionar
E mais uma vez eu caio em mim
v.: 0.1
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
A última sessão
Esperou até a última sessão
Por ele que estava muito atrasado
Ela telefonou, deixou recado
Ele não retornou sua ligação
Tentou disfarçar sua decepção
De ter novamente se magoado
E de mais uma vez ter confiado
A outra pessoa o seu coração
E para piorar sua noite sofrida
Seu ônibus não saía do lugar
Uma ambulância parava a avenida
Os socorristas tentavam em vão
Mas já não podiam reanimar
O corpo ao lado da rosa no chão
v.: 0.1
Por ele que estava muito atrasado
Ela telefonou, deixou recado
Ele não retornou sua ligação
Tentou disfarçar sua decepção
De ter novamente se magoado
E de mais uma vez ter confiado
A outra pessoa o seu coração
E para piorar sua noite sofrida
Seu ônibus não saía do lugar
Uma ambulância parava a avenida
Os socorristas tentavam em vão
Mas já não podiam reanimar
O corpo ao lado da rosa no chão
v.: 0.1
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Nos sonhos
Nos meus sonhos ela é apaixonada
Ela corre e sorri quando me vê
Pra ela, estar comigo é como se
Vivesse sempre sonhando acordada
Nos sonhos dela, ela é sempre amada
Por mim, sem ser necessário um porquê
E no nosso abraço ela sente que
Fora dele não deve haver mais nada
Nos nossos sonhos nós nos conhecemos
E brincando com a imaginação
Inventamos conversas e passeios
E a culpa é dessa esperança que temos
De nos encontrarmos na multidão
Sem ser nos sonhos ou em devaneios
v.: 0.1
"Les temps sont durs pour les rêveurs"
Ela corre e sorri quando me vê
Pra ela, estar comigo é como se
Vivesse sempre sonhando acordada
Nos sonhos dela, ela é sempre amada
Por mim, sem ser necessário um porquê
E no nosso abraço ela sente que
Fora dele não deve haver mais nada
Nos nossos sonhos nós nos conhecemos
E brincando com a imaginação
Inventamos conversas e passeios
E a culpa é dessa esperança que temos
De nos encontrarmos na multidão
Sem ser nos sonhos ou em devaneios
v.: 0.1
"Les temps sont durs pour les rêveurs"
domingo, 2 de setembro de 2012
Valsa dos loucos
Os que passavam paravam pra ver
Os loucos andando na contra-mão
Mãos unidas, pontas dos pés no chão
E uma alegria que não deu pra entender
Cena cômica, para não dizer
Bem humilhante, na opinião
Dos olhos críticos da multidão
Que tanto tentavam os constranger
Mas o maluco casal não parava
Nem mesmo percebia a gozação
Dos outros, a cada giro que dava
Eles só sorriam e se abraçavam
E continuavam ao som da canção
Que só ouviam os dois e dançavam
v. 0.1
E aqueles que foram vistos dançando foram julgados loucos por aqueles que não podiam ouvir a música.
- quem sabe ao certo?
Os loucos andando na contra-mão
Mãos unidas, pontas dos pés no chão
E uma alegria que não deu pra entender
Cena cômica, para não dizer
Bem humilhante, na opinião
Dos olhos críticos da multidão
Que tanto tentavam os constranger
Mas o maluco casal não parava
Nem mesmo percebia a gozação
Dos outros, a cada giro que dava
Eles só sorriam e se abraçavam
E continuavam ao som da canção
Que só ouviam os dois e dançavam
v. 0.1
E aqueles que foram vistos dançando foram julgados loucos por aqueles que não podiam ouvir a música.
- quem sabe ao certo?
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
O nó na garganta
O que resta agora é o nó na garganta
Do sentimento não posto pra fora
Não sei, duvidei, não falei na hora
Embora a vontade ter sido tanta
Assim foi murchando, feito uma planta
Que é sufocada por espinho e espora
Frágil por dentro e ferida por fora
Apesar da aurora, a vida, suplanta
Sofre o desejo não realizado
Chora a oportunidade já perdida
Farelos do sonho que se quebranta
Mas melhor é deixar isso de lado
Passar o passado e seguir a vida
Pensar nisso agora já não adianta
v. 0.1
Do sentimento não posto pra fora
Não sei, duvidei, não falei na hora
Embora a vontade ter sido tanta
Assim foi murchando, feito uma planta
Que é sufocada por espinho e espora
Frágil por dentro e ferida por fora
Apesar da aurora, a vida, suplanta
Sofre o desejo não realizado
Chora a oportunidade já perdida
Farelos do sonho que se quebranta
Mas melhor é deixar isso de lado
Passar o passado e seguir a vida
Pensar nisso agora já não adianta
v. 0.1
domingo, 15 de julho de 2012
Dor de quem ama
A dor de quem ama é a saudade
Seja de um passado difícil de esquecer
Seja de um inteiro que hoje é metade
Seja pela distância de uma certa cidade
Seja do que ainda nem chegou a ser
Seja de um passado difícil de esquecer
Seja de um inteiro que hoje é metade
Seja pela distância de uma certa cidade
Seja do que ainda nem chegou a ser
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Materializando palavras abstratas
Ela ignora definições chatas
E desrespeita o que parece exato
Materializa palavras abstratas
Sem seguir plano ou assinar contrato
Usa da necessidade que tem de ser gasta
A mesma que tem o imperecível
Para transformar, em flores, sucata
E pintar com cores o que é invisível
Como quem nasceu para ser guerreira
Com punhos cerrados e olhar fatal
Luta todo dia e atravessa barreiras
Construindo a cada dia um novo final
Ela é isso tudo e o que mais quiser ser
Tem todos estilos, mas não segue padrão
Muitos a conhecem mas nunca vão entender
A observam curiosos, mas poucos enxergarão
Ela é definitivamente singular :)
Sou a necessidade de ser gasta que o imperecível tem...
Gosto de tentar materializar palavras abstratas.
- Bruna Borges
E desrespeita o que parece exato
Materializa palavras abstratas
Sem seguir plano ou assinar contrato
Usa da necessidade que tem de ser gasta
A mesma que tem o imperecível
Para transformar, em flores, sucata
E pintar com cores o que é invisível
Como quem nasceu para ser guerreira
Com punhos cerrados e olhar fatal
Luta todo dia e atravessa barreiras
Construindo a cada dia um novo final
Ela é isso tudo e o que mais quiser ser
Tem todos estilos, mas não segue padrão
Muitos a conhecem mas nunca vão entender
A observam curiosos, mas poucos enxergarão
Ela é definitivamente singular :)
Sou a necessidade de ser gasta que o imperecível tem...
Gosto de tentar materializar palavras abstratas.
- Bruna Borges
Conto de fadas
Se é isso que você quer,
a vida real pode sim ser um conto de fadas
Mas não se esqueça que nos contos de fadas
nem todos são fadas, príncipes ou princesas.
Você pode acabar sendo uma madrasta má
ou uma irmã invejosa,
um lobo mau
ou um porco preguiçoso...
a vida real pode sim ser um conto de fadas
Mas não se esqueça que nos contos de fadas
nem todos são fadas, príncipes ou princesas.
Você pode acabar sendo uma madrasta má
ou uma irmã invejosa,
um lobo mau
ou um porco preguiçoso...
quinta-feira, 7 de junho de 2012
A hora de partir
A hora de partir é a mais triste
Em parte
por não sentir mais sua mão
Em parte
porque seu olhar não me assiste
Em parte
por silenciar sua canção
Você parte,
mas seu perfume, em mim, persiste
Você parte,
e chega logo a solidão
Você parte,
parte de mim não mais existe
Você parte,
e parte só meu coração
Em parte
por não sentir mais sua mão
Em parte
porque seu olhar não me assiste
Em parte
por silenciar sua canção
Você parte,
mas seu perfume, em mim, persiste
Você parte,
e chega logo a solidão
Você parte,
parte de mim não mais existe
Você parte,
e parte só meu coração
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Crítica
Critique toda minha poesia
Fale mal dos meus versos rimados
Aponte os erros de ortografia
Ria dos sonetos mal metrificados
Mas não julgue em nenhum momento
Nem o despreze e nem diga que minto
Nunca critique o meu sentimento
Pois você não sabe como eu me sinto
Fale mal dos meus versos rimados
Aponte os erros de ortografia
Ria dos sonetos mal metrificados
Mas não julgue em nenhum momento
Nem o despreze e nem diga que minto
Nunca critique o meu sentimento
Pois você não sabe como eu me sinto
sábado, 12 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Amor algoz
Meu amor fere quem ele quer bem
Feito um espinho de dentro pra fora
Que vai perfurando até que uma hora
Transpassa e aflora no peito de alguém
Apesar do espinho, tem flor também
Com agradável perfume, embora
Fosse melhor tê-la jogado fora
Pois vejo agora que não fez o bem
A dor que causa é tão aguda e forte
Que desatina também em meu peito
Seja esse, talvez, meu maior defeito
Abrir nela e em mim ferida de morte
E quanto mais próxima e mais querida
Mais fundo o corte; maior a ferida
v.: 0.1
Feito um espinho de dentro pra fora
Que vai perfurando até que uma hora
Transpassa e aflora no peito de alguém
Apesar do espinho, tem flor também
Com agradável perfume, embora
Fosse melhor tê-la jogado fora
Pois vejo agora que não fez o bem
A dor que causa é tão aguda e forte
Que desatina também em meu peito
Seja esse, talvez, meu maior defeito
Abrir nela e em mim ferida de morte
E quanto mais próxima e mais querida
Mais fundo o corte; maior a ferida
v.: 0.1
terça-feira, 8 de maio de 2012
Concede-me essa dança?
Quero um romance que seja uma dança
Que deslize leve pelo compasso
Sendo conduzido com confiança
Não perca o ritmo e não erre o passo
Quero um romance com a semelhança
De dois ocupando um lugar no espaço
E que haja compreensão à leve nuança
Da troca de olhar ou toque de braço
No entanto é preciso pagar o preço
Treinar muito, todo dia - eu confesso
E parar e voltar desde o começo
Quem sabe, é o segredo para o progresso
Farei o possível ao meu alcance
Para ser como dança o meu romance
v.: 0.1
Que deslize leve pelo compasso
Sendo conduzido com confiança
Não perca o ritmo e não erre o passo
Quero um romance com a semelhança
De dois ocupando um lugar no espaço
E que haja compreensão à leve nuança
Da troca de olhar ou toque de braço
No entanto é preciso pagar o preço
Treinar muito, todo dia - eu confesso
E parar e voltar desde o começo
Quem sabe, é o segredo para o progresso
Farei o possível ao meu alcance
Para ser como dança o meu romance
v.: 0.1
sexta-feira, 27 de abril de 2012
O que eu quero
Não gosto da pretensão das pessoas
quando dizem que sabem o que eu quero.
"Mas eu sei o que você quer..."
Nem eu sei o que eu quero!
Ontem queria, hoje eu não quero mais.
Às vezes quero tudo, às vezes nada quero...
E o que quero agora é que me deixe em paz.
quando dizem que sabem o que eu quero.
"Mas eu sei o que você quer..."
Nem eu sei o que eu quero!
Ontem queria, hoje eu não quero mais.
Às vezes quero tudo, às vezes nada quero...
E o que quero agora é que me deixe em paz.
terça-feira, 24 de abril de 2012
No sonho
Ao sorriso dela meus olhos nem piscam
E tudo o mais é segundo plano desfocado
Sua risada é trilha sonora de sonho encantado
Sonho que só acordo depois que me beliscam
Pétalas voam ao vento; borboletas, na barriga
No sonho, é amada amante; na vida, é só amiga
Suas palavras querem mostrar carinho para comigo
Mas me fere toda vez que chama só de amigo
E tudo o mais é segundo plano desfocado
Sua risada é trilha sonora de sonho encantado
Sonho que só acordo depois que me beliscam
Pétalas voam ao vento; borboletas, na barriga
No sonho, é amada amante; na vida, é só amiga
Suas palavras querem mostrar carinho para comigo
Mas me fere toda vez que chama só de amigo
domingo, 22 de abril de 2012
Haikai do olhar
Não quero diamante
Quero seu olhar sincero
E sempre brilhante
dos atributos indispensáveis
Quero seu olhar sincero
E sempre brilhante
dos atributos indispensáveis
terça-feira, 17 de abril de 2012
Gosto de saudade
Dizem que a fome é o melhor dos temperos de um prato,
A saudade funciona assim, do mesmo jeito ♥
A saudade funciona assim, do mesmo jeito ♥
Stick and stones
Stick and stones may break my bones
May break my body and tear it apart
But what it fears and make it moans
Is your aloofness breaking my heart
May break my body and tear it apart
But what it fears and make it moans
Is your aloofness breaking my heart
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Nuvens de lembrança
Céu escuro de nuvens de lembrança
Que escondem o sol e levam no vento
O riso do rosto e a paz do momento
Perturbando a alegria de criança
A música para e termina a dança
E assim o relógio fica mais lento
Eu fico sozinho no pensamento
Feito gente grande sem esperança
Essa lembrança faz fugir a vida
E suas cores desbotam o agora
Tudo por causa do amor sem medida
Que em casa sem teto ainda mora
E enquanto não é desapropriado
Chove em mim lembranças do passado
v.: 0.1
Que escondem o sol e levam no vento
O riso do rosto e a paz do momento
Perturbando a alegria de criança
A música para e termina a dança
E assim o relógio fica mais lento
Eu fico sozinho no pensamento
Feito gente grande sem esperança
Essa lembrança faz fugir a vida
E suas cores desbotam o agora
Tudo por causa do amor sem medida
Que em casa sem teto ainda mora
E enquanto não é desapropriado
Chove em mim lembranças do passado
v.: 0.1
domingo, 8 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
Deixa eu perguntar...
Tanta coisa que eu queria contar
Mas você não está aqui para ouvir
Dos meus medos, do que me faz chorar
Do meu dia e do que me faz sorrir
Mas queria mesmo era perguntar
Sobre os lugares que gosta de ir
O que traz brilho para o seu olhar
O que a faz ficar, o que a faz partir
Se ama chuva, se canta no banho
E faz microfone fechando a mão
Se também não entende e acha estranho
Quem não consegue ver com coração
Mas o que quero realmente saber
É quando você vai aparecer
v.: 0.2
11 Se não entende e acha muito estranho
12 Gente que não vê com o coração
13 Mas o que eu quero mesmo saber
v.: 0.1
Mas você não está aqui para ouvir
Dos meus medos, do que me faz chorar
Do meu dia e do que me faz sorrir
Mas queria mesmo era perguntar
Sobre os lugares que gosta de ir
O que traz brilho para o seu olhar
O que a faz ficar, o que a faz partir
Se ama chuva, se canta no banho
E faz microfone fechando a mão
Se também não entende e acha estranho
Quem não consegue ver com coração
Mas o que quero realmente saber
É quando você vai aparecer
v.: 0.2
11 Se não entende e acha muito estranho
12 Gente que não vê com o coração
13 Mas o que eu quero mesmo saber
v.: 0.1
quarta-feira, 28 de março de 2012
Mais um balão
Ao parque de diversões eles vão
Provam maçã do amor e pirulito
Mas para ele o doce favorito
É o doce toque dela em sua mão
Que ele quer tocar, mas a indecisão
Faz com que ele entre em um conflito
Não sabe se há antes algo a ser dito
Ou se simplesmente parte pra ação
Por fim ele encontra uma solução
Compra pra ela um balão bem bonito
E ao dar a ela, a tocaria, então
Mas, de repente, um rojão e um grito
O assustam muito e ele solta o cordão
Voam confiança e balão pro infinito
v.: 0.1
Provam maçã do amor e pirulito
Mas para ele o doce favorito
É o doce toque dela em sua mão
Que ele quer tocar, mas a indecisão
Faz com que ele entre em um conflito
Não sabe se há antes algo a ser dito
Ou se simplesmente parte pra ação
Por fim ele encontra uma solução
Compra pra ela um balão bem bonito
E ao dar a ela, a tocaria, então
Mas, de repente, um rojão e um grito
O assustam muito e ele solta o cordão
Voam confiança e balão pro infinito
v.: 0.1
segunda-feira, 26 de março de 2012
O amor tem pressa
Se é amor o que sente, não o impeça
Entregue-se a esse calor que a abraça
O medo da dor vem, mas logo passa
O amor o lança fora bem depressa
Não perca mais tempo; ele tem pressa
O amanhã é certo como a fumaça
Viva no hoje, aproveite essa graça
Seja a protagonista da sua peça
Peça mais coragem, e peça mais fé
Peça o que for preciso para o salto
Feche seus olhos e corra até
Atingir enfim o topo mais alto
Abra seus braços e o seu coração
E deixe que o amor a tire do chão
v.: 0.1
Entregue-se a esse calor que a abraça
O medo da dor vem, mas logo passa
O amor o lança fora bem depressa
Não perca mais tempo; ele tem pressa
O amanhã é certo como a fumaça
Viva no hoje, aproveite essa graça
Seja a protagonista da sua peça
Peça mais coragem, e peça mais fé
Peça o que for preciso para o salto
Feche seus olhos e corra até
Atingir enfim o topo mais alto
Abra seus braços e o seu coração
E deixe que o amor a tire do chão
v.: 0.1
quarta-feira, 14 de março de 2012
De galho em galho
Por suas asas passa a liberdade
Feito uma brisa fresca do verão
E finge que tudo é seu até o chão
No entanto, nada é seu de verdade
É dele toda árvore na cidade
Mas é dele e de todo cidadão
E por isso aperta o seu coração
É livre, mas quer exclusividade
Quer uma árvore pra ser só sua
E nos seus galhos construir seu ninho
De amor e viver nele enamorado
Mas pensa na liberdade e recua
Vai de galho em galho e fica sozinho
Pensa que é livre, mas está enganado
v.: 0.1
[Amor] É querer estar preso por vontade
- Luís Vaz de Camões
Feito uma brisa fresca do verão
E finge que tudo é seu até o chão
No entanto, nada é seu de verdade
É dele toda árvore na cidade
Mas é dele e de todo cidadão
E por isso aperta o seu coração
É livre, mas quer exclusividade
Quer uma árvore pra ser só sua
E nos seus galhos construir seu ninho
De amor e viver nele enamorado
Mas pensa na liberdade e recua
Vai de galho em galho e fica sozinho
Pensa que é livre, mas está enganado
v.: 0.1
[Amor] É querer estar preso por vontade
- Luís Vaz de Camões
terça-feira, 13 de março de 2012
Ser mulher não é pra quem quer
Tudo que ela quer é ser respeitada
E o direito de ser o que quiser
De vestir calça comprida ou tailleur
De construir família ou estrada
Quer ser forte e não ter medo de nada
Sem sua gentileza comprometer
Mas não ligaria para medo ter
Se um abraço a mantivesse guardada
Forte camponesa ou bela rainha
Quer ser admirada por sua essência
Quer amar o máximo que puder
E seja no escritório ou na cozinha
Que receba, e sempre, reverência
Pelo simples fato de ser mulher
v.: 0.1
E o direito de ser o que quiser
De vestir calça comprida ou tailleur
De construir família ou estrada
Quer ser forte e não ter medo de nada
Sem sua gentileza comprometer
Mas não ligaria para medo ter
Se um abraço a mantivesse guardada
Forte camponesa ou bela rainha
Quer ser admirada por sua essência
Quer amar o máximo que puder
E seja no escritório ou na cozinha
Que receba, e sempre, reverência
Pelo simples fato de ser mulher
v.: 0.1
segunda-feira, 5 de março de 2012
Os caprichos do amor
Meu cupido estava muito zangado
De tanto que errava as flechas em mim
Pelo mau desempenho foi cobrado
Decidiu nessa história por um fim
Deixou o arco e as flechas de lado
Desfez-se da forma de anjo mirim
Feito guerreiro de gládio empunhado
Atravessou meu coração enfim
Se eu tivesse me esquivado menos
deixando por flecha ser atingido
e me entregado ao capricho do amor
Os ferimentos seriam pequenos
Sei que bem menos teria sofrido
Se não por capricho, então pela dor
v.: 0.1
De tanto que errava as flechas em mim
Pelo mau desempenho foi cobrado
Decidiu nessa história por um fim
Deixou o arco e as flechas de lado
Desfez-se da forma de anjo mirim
Feito guerreiro de gládio empunhado
Atravessou meu coração enfim
Se eu tivesse me esquivado menos
deixando por flecha ser atingido
e me entregado ao capricho do amor
Os ferimentos seriam pequenos
Sei que bem menos teria sofrido
Se não por capricho, então pela dor
v.: 0.1
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Pedacinhos
...
e os seus pedacinhos
que em mim deixou,
não me deixam
te esquecer.
daqui:
Vivo sentindo falta dos pedacinhos que me levou.
- Thays Horst
e os seus pedacinhos
que em mim deixou,
não me deixam
te esquecer.
daqui:
Vivo sentindo falta dos pedacinhos que me levou.
- Thays Horst
domingo, 29 de janeiro de 2012
Réquiem para o inescrito
e agora,
por tudo que seria bonito,
por tudo que seria terno,
embora
não pode ser escrito
nem com lápis em caderno,
talvez por não ser hora,
ou então pelo conflito,
ou só por ser interno,
façamos sem demora
um minuto infinito
de silêncio eterno.
Nasceu do momento,
e daqui:
A missa dos inocentes
Se não fora abusar da paciência divina
Eu mandaria rezar missa pelos poemas que não
Conseguiram ir além da terceira ou quarta linha,
Vítimas dessa mortalidade infantil que, por ignorância dos pais,
Dizima as mais inocentes criaturinhas, as pobres…
Que tinham tanto azul nos olhos,
Tanto que dar ao mundo!
Eu mandaria rezar o réquiem mais profundo
Não só pelos meus
Mas por todos os poemas inválidos que se arrastam pelo mundo
E cuja comovedora beleza ultrapassa a dos outros
Porque está, antes e depois de tudo,
No seu inatingível anseio de beleza!
Mario Quintana
por tudo que seria bonito,
por tudo que seria terno,
embora
não pode ser escrito
nem com lápis em caderno,
talvez por não ser hora,
ou então pelo conflito,
ou só por ser interno,
façamos sem demora
um minuto infinito
de silêncio eterno.
Nasceu do momento,
e daqui:
A missa dos inocentes
Se não fora abusar da paciência divina
Eu mandaria rezar missa pelos poemas que não
Conseguiram ir além da terceira ou quarta linha,
Vítimas dessa mortalidade infantil que, por ignorância dos pais,
Dizima as mais inocentes criaturinhas, as pobres…
Que tinham tanto azul nos olhos,
Tanto que dar ao mundo!
Eu mandaria rezar o réquiem mais profundo
Não só pelos meus
Mas por todos os poemas inválidos que se arrastam pelo mundo
E cuja comovedora beleza ultrapassa a dos outros
Porque está, antes e depois de tudo,
No seu inatingível anseio de beleza!
Mario Quintana
domingo, 15 de janeiro de 2012
Um toque de música
Pedir que toque piano é exigir demais
Ou violino, ou que dedilhe harpa ou violão
Mas é indispensável que ao toque de sua mão
Eu ouça música, ora de fogo, ora de paz
dos atributos indispensáveis
inspirado aqui
Ou violino, ou que dedilhe harpa ou violão
Mas é indispensável que ao toque de sua mão
Eu ouça música, ora de fogo, ora de paz
dos atributos indispensáveis
inspirado aqui
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Actwork
Conheci a Actwork em dois mil e nove
Quando minha amiga Lídia me indicou
Foi em outubro que tudo começou
Lembro-me bem, era dia dezenove
Ambiente de trabalho muito agradável
Guardarei sempre isso na lembrança
Actwork tem essa graça de criança
Em um adulto competente e responsável
Hoje aparece uma bifurcação na estrada
E o caminho que vou seguir é diferente
Mas se não nos encontrarmos lá na frente
Fica dito que até aqui valeu a jornada
É claro que podem contar sempre comigo
Não serei colega, mas serei amigo
despedindo da Actwork Agência de marketing
Quando minha amiga Lídia me indicou
Foi em outubro que tudo começou
Lembro-me bem, era dia dezenove
Ambiente de trabalho muito agradável
Guardarei sempre isso na lembrança
Actwork tem essa graça de criança
Em um adulto competente e responsável
Hoje aparece uma bifurcação na estrada
E o caminho que vou seguir é diferente
Mas se não nos encontrarmos lá na frente
Fica dito que até aqui valeu a jornada
É claro que podem contar sempre comigo
Não serei colega, mas serei amigo
despedindo da Actwork Agência de marketing
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