O que os olhos não veem, o coração não sente;
Mas o que é viver senão sentir cada emoção?
Senão provar do que a sensação tem a oferecer:
A dor, a alegria, a angústia, o prazer?
Abra os olhos e prepare o coração:
É assim que é; aceite. É assim que tem que ser.
De cabeça erguida, olhe a vida de frente.
Do que quer se proteger? De viver, de sentir?
Isso é se iludir, se enganar, se esconder.
Um certo medo é bom, sinal que há algo a proteger,
Mas proteção demais também pode ferir.
É não seguir, é ser inerte; é deixar de acontecer.
terça-feira, 14 de julho de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
A flor na calçada
Da rachadura nasceu uma flor
Na calçada de uma rua improvável,
Entre pedras num chão inabitável,
Sob pisadas da vida e de dor.
Nasceu decidida a se sobrepor
A qualquer barreira imaginável
E a deixar o mundo mais agradável
Com sua vida, seu perfume e sua cor.
Em suas pétalas está a beleza,
E também está em suas cicatrizes
Que anunciam cada luta vencida.
E mesmo com sua incerta certeza,
E com golpes que abalam as raízes,
Não desistirá do amor e da vida.
v.: 0.1
Na calçada de uma rua improvável,
Entre pedras num chão inabitável,
Sob pisadas da vida e de dor.
Nasceu decidida a se sobrepor
A qualquer barreira imaginável
E a deixar o mundo mais agradável
Com sua vida, seu perfume e sua cor.
Em suas pétalas está a beleza,
E também está em suas cicatrizes
Que anunciam cada luta vencida.
E mesmo com sua incerta certeza,
E com golpes que abalam as raízes,
Não desistirá do amor e da vida.
v.: 0.1
sexta-feira, 14 de março de 2014
Poesia
Ela é a cena que o fotógrafo via quando tudo estava escuro,
O que o pintor já enxergava na tela ainda vazia.
Ela é o toque do escultor por dentro do mármore duro,
E as notas que em sua alma o compositor já ouvia.
Ela é o verso do poeta mesmo antes dele ser fonema,
Antes de haver palavras de pesar ou de alegria.
E em todas essas obras, da fotografia ao poema,
Só há beleza e arte, se em si há poesia.
O que o pintor já enxergava na tela ainda vazia.
Ela é o toque do escultor por dentro do mármore duro,
E as notas que em sua alma o compositor já ouvia.
Ela é o verso do poeta mesmo antes dele ser fonema,
Antes de haver palavras de pesar ou de alegria.
E em todas essas obras, da fotografia ao poema,
Só há beleza e arte, se em si há poesia.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Dory
Ela vive sob um encantamento
Mas sobre ele não sabe de nada
Pois é apagado de seu pensamento
Tudo que sabe, pela madrugada
Assim, ela vive cada momento
Como o primeiro e fica admirada
Com o cheiro da flor, o toque do vento
E com o prazer de ser abraçada
Faço agora dele minha esperança
Que ela se esqueça do que foi falado
E que se apague minha estupidez
Mas se apagando também minha lembrança
Peço que eu seja por ela encontrado
Novamente e pela primeira vez
v.: 0.1
Mas sobre ele não sabe de nada
Pois é apagado de seu pensamento
Tudo que sabe, pela madrugada
Assim, ela vive cada momento
Como o primeiro e fica admirada
Com o cheiro da flor, o toque do vento
E com o prazer de ser abraçada
Faço agora dele minha esperança
Que ela se esqueça do que foi falado
E que se apague minha estupidez
Mas se apagando também minha lembrança
Peço que eu seja por ela encontrado
Novamente e pela primeira vez
v.: 0.1
domingo, 19 de janeiro de 2014
Não é pelo fora
Não é pelo fora.
É sempre pelo fim da expectativa criada,
Que sem porquê em mim é alimentada
E cresce até que é cortada fora.
Não é pelo fora.
É por um universo em detalhes sonhado
Que é destruído antes de ser criado,
Onde não haverá pôr-do-sol ou aurora.
Não é pelo fora.
É pela morte da crença de que seria diferente,
Por decisão do destino ou só por ser a gente,
Mas a crença é cega e o destino a ignora.
Não é pelo fora.
É pela esperança de que seria especial.
E por que não seria? O que fiz de mal?
Mas a esperança também vacila e evapora.
Sei que não há muitos a quem eu convença
Da expectativa, sonho, esperança e crença.
Parece difícil acreditar no que falo agora.
Mas não é. Não é só pelo fora.
É sempre pelo fim da expectativa criada,
Que sem porquê em mim é alimentada
E cresce até que é cortada fora.
Não é pelo fora.
É por um universo em detalhes sonhado
Que é destruído antes de ser criado,
Onde não haverá pôr-do-sol ou aurora.
Não é pelo fora.
É pela morte da crença de que seria diferente,
Por decisão do destino ou só por ser a gente,
Mas a crença é cega e o destino a ignora.
Não é pelo fora.
É pela esperança de que seria especial.
E por que não seria? O que fiz de mal?
Mas a esperança também vacila e evapora.
Sei que não há muitos a quem eu convença
Da expectativa, sonho, esperança e crença.
Parece difícil acreditar no que falo agora.
Mas não é. Não é só pelo fora.
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