sexta-feira, 8 de junho de 2012

Materializando palavras abstratas

Ela ignora definições chatas
E desrespeita o que parece exato
Materializa palavras abstratas
Sem seguir plano ou assinar contrato

Usa da necessidade que tem de ser gasta
A mesma que tem o imperecível
Para transformar, em flores, sucata
E pintar com cores o que é invisível

Como quem nasceu para ser guerreira
Com punhos cerrados e olhar fatal
Luta todo dia e atravessa barreiras
Construindo a cada dia um novo final

Ela é isso tudo e o que mais quiser ser
Tem todos estilos, mas não segue padrão
Muitos a conhecem mas nunca vão entender
A observam curiosos, mas poucos enxergarão


Ela é definitivamente singular :)

Sou a necessidade de ser gasta que o imperecível tem...
Gosto de tentar materializar palavras abstratas.
- Bruna Borges

6 comentários:

  1. como vc consegue reunir tantos detalhes num poema e ele ainda ser tao simples? liiiiiiiiindo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Rute! O mérito do poema vai pra minha amiga... essas duas frases dela me deixaram meio desnorteado depois que eu li. Sensacionais! :)

      Excluir
  2. Seu poema é presente para quem o lê, são gotas de graciosidade, carinho e sensibilidade. Muito bonito.Um presente de muito bom gosto.

    ResponderExcluir

Mundo Pittônico das Ideias